Seu cheiro de mato
Invade meus sentidos
E colide com as lamúrias
do vento no entardecer
do seu olhar de rio
que devora e incendeia
Assim brilhante , profundo,
corta as rasantes,
queda na cachoeira
dos desejos submersos
E flui, e segue misterioso
Dentro de minhas veias porosas
E alimenta de esperança o vale
Da minha alma e flui e segue.
Irriga as histórias de minhas
margens e impulsiona e germina
As pluralidades que habitam
Meu ser inconstante e segue,
Rumo ao mar infinito
Do meu coração matuto…
Gicelma Chacarosqui – Pós-doc pelo ECCO, UFMT, Doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP; Mestrado em Estudos Literários e graduação em Letras Português Literatura Brasileira pela UFMS . É professora Titular da UFGD.